quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A LENDA DA CRIAÇÃO DOS PAIS

Olhai os Lírios dos Campos
"Preciso de óleo" disse um monge. Então plantou uma muda de oliveira. "Senhor", pediu ele, ela precisa de chuva, para que suas raízes possam beber e propiciar seu crescimento, "Mande chuva branda que não a machuque".
E o Senhor mandou-lhe chuvas brandas. "Senhor", pediu novamente, "minha planta precisa de sol, não muito forte que a abrase". E o sol brilhou dourando as nuvenzinhas chuvosas. "Agora, preciso de neve para que minha oliveira ganhe robustez", pediu novamente, e a neve caiu sobre a planta.
No entanto, ao acordar no dia seguinte encontrou a plantinha morta. Então o monge foi a outro e contou-lhe sua experiência. "Eu também plantei uma oliveira", disse o outro, "e veja como está viçosa", mostrou.
"Eu confiei minha planta ao Deus que a criou. Ele que a fez sabe do que ela precisa, melhor que monges como eu, não impus condições, não estabeleci meios ou maneiras, apenas pedi: manda o que ela precisa, chuva, sol, vento, neve, Tu a fizestes e Tu sabes.
Nós, como os lírios dos campos crescemos, quer no sol, quer na chuva, e muito mais que os lírios, Deus nos tem amor e trabalha para quem nele espera.
Acredite na vida, alguém está cuidando de você, mesmo que não saibamos exatamente o que pedir, se houver amor em nossos corações, receberemos o sol e a chuva na hora certa.



Desconheço a autoriaFonte: Mensagem recebida por email

SIMBOLISMO DE TIWANAKU




O principal edifício de Tiwahaku é a PIRÂMIDE DE AKAPANA, perfeitamente orientada segundo os pontos cardeais. A noroeste dela, ergue-se o PALÁCIO DE KALASASAYA (onde se encontra a Porta do Sol), cuja entrada principal está orientada para o leste. Este templo encontra-se na frente de um pequeno templo subterrâneo, orientado no eixo norte-sul. Uma estrada passa entre Akapana e Kalasasaya, no sentido Nordeste-Sudoeste, indo até o TEMPLO DE PUMAPUNKU, a uns 980 m de Kalasasaya.


A partir desses elementos podemos ver, com clareza, a bipolaridade da cidade: HANA PACHA, a Cidade Alta, e HURIM PACHA, a Cidade Baixal. Em Tiwanaku, Kalasasaya, solar e diurna, se contrapõe a Pumapunku, lunar e noturna.

O pórtico de entrada do templo solar de Kalasasaya está orientado para o leste. Chega-se a ele por uma pequena escadaria de sete degraus, onde os dois últimos são formados por um bloco monolítico de dezenas de toneladas. Esse pórtico foi projetado para que o sol nascesse bem no seu centro nos Equinócios (de Outono, em 20-21 de Março e da Primavera, 20-21 de Setembro). Mas à frente, no centro trigonométrico do lugar, está o MONOLITO DE PONCE.

Este monólito tem diversas características interessantes: de dois metros de altura, em estilo geométrico, tem o aspecto de um sacerdote paramentado com roupas rituais e em postura hierárquica, trazendo sobre o peito dois vasos de oferendas. Parece que desempenhava uma missão de “relógio solar”, indicando as horas com sua sombra.

Saindo de Kalasasaya pela porta principal, após atravessar um calçada cheia de oratórios, chega-se ao templo semi-subterrâneo, cuja entrada é uma escadaria de seis degraus no seu lado sul. Esta construção é uma das mais antigas do conjunto. Também orientada pelos pontos cardeais, é um espaço retangular de 26m x 28,50m. De suas paredes de andesita rosa destacam-se “cabeças” de pedra clara, projetadas para fora do muro, muito semelhantes às cabeças do homem-jaguar encontradas nas praças semelhantes em Chavin.

No pátio desse templo, encontram-se diversas estátuas, como por exemplo a de um músico tocando uma flauta-de-Pã e os dois ascetas guardando a entrada, mas cujas colunas se transformam em serpentes, - eles parecem simbolizar o sacrifício e o conhecimento adquirido. O aspecto esquelético de todas as estátuas, recorda aquelas de madeira encontradas na Ilha de Páscoa.

Uma das estátua mais interessantes de Tiwanaku é o MONOLITO DE BENNET, em cujo corpo estão gravados os mesmos "gênios alados" encontrados na Porta do Sol. Trata-se de uma representação de WIRACOCHA ou de seu Sacerdote, portador do poder do Jaguar Celeste. Em suas vestes encontramos pontos circulares na disposição da constelação de Órion (Constelação do Jaguar). Tem nas mãos vasos de oferendas, de onde saem peixes – símbolos de sacrifício à Lua.

Todos os aspectos do sol diurno e noturno estão representados no corpo desse monólito, vivificando cada um de seus aspectos e poderes. Uma larga “trompa” se destaca na sua toca, lembrando um elefante. Esse animal – chamado de WARI WILKA – representa o sopro da vida, a energia da Divindade. O mais interessante é que os elefantes desapareceram da América há mais de 7.000 anos.

A principal construção de Tiwanaku é, sem dúvida, a Pirâmide de Akapana: um edifício de base retangular, com terraços superpostos, coroados por um templo; grandes escadarias que dão acesso ao santuário. Akapana é o símbolo da terra seca e do fogo celeste, da ilha de fogo e da sabedoria que sobrevive aos cataclismas.

Nas escadarias desse templo piramidal, encontramos o ideograma HURAKESA, que representa a Terra. Mas, se invertido, passa a representar o Céu. Dessa forma, aplicados nos degraus, fazem das escadarias de Akapana uma “ponte” de união entre esses dois mundos: UKU PACHA, a Terra, a Cidade de Baixo, e HANA PACHA, o Céu, a Cidade do Alto. Assim, subir as escadarias de Akapana leva os tiwanakus da Terra ao Céu; ao descer, voltavam do Céu para a Terra. Akapana é, portanto, a ligação entre os dois universos andino.

Perto dali, em outro monte artificial, encontra-se um pórtico de pedra semelhante à Porta do Sol, mas com representação de perdizes no lugar de condores. Esses dois pássaros eram considerados como portadores de luz através do céu: perdizes transportavam raios da lua, enquanto condores, levavam raios solares. Isso indica, portanto, que esse pórtico é uma representação lunar e, então, ficou conhecida como Porta da Lua.

O templo de PUMAPUNKU, cujo nome significa “A Porta dos Jaguares”, está, hoje, reduzido a um terraço, cujo principal enfeite é o signo “S” – que, em Tiwanaku está associado ao jaguar, representando sua cauda em movimento, e portanto um símbolo de vitalidade. Parece que havia ali uma grande pirâmide de pedra sobre a qual deveria estar o templo do Jaguar. Porém suas pedras foram deslocadas pelos invasores espanhóis para construção de palácios e igrejas.




Postado por HERNE, the Hunter
Extraído de Chakaruna

MysteryQuest - A cidade perdida de Atlântida

Dizem que a cidade perdida de Atlântida foi lar de uma civilização avançada há mais de 12.000 anos atrás. Alguns acreditam que aqueles que ali viveram teriam sido capazes de viajar para o espaço. A lenda diz que a cidade desapareceu de formam instantânea, sugada violentamente para dentro do oceano. Durante séculos, exploradores e arqueólogos têm tentado localizar restos desta cidade perdida. A equipe de Mysteryquest, utilizando tecnologia de "Sonar", revela novas evidências de que estas estruturas se encontram sob a água.







terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Através da reencarnação



"Fora melhor que não existissem na Terra pedintes e mendigos, na expectativa do agasalho e do pão.


Se é justo deplorar o atraso moral do planeta que ainda acalenta privação e necessidade, examinemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para a ambição desvairada, e verificaremos que a penúria, através da reencarnação, é o ensinamento que nos corrige os excessos.
  • Fora melhor não víssemos mutilados e enfermos, suplicando alívio e remédio.

Se é compreensível lastimar as condições da estância física, que ainda expõe semelhantes quadros de sofrimento, observemos o pesado lastro de animalidade que conservamos no próprio ser e reconheceremos que sem as doenças do corpo, através da reencarnação, seria quase impossível aprimorar as faculdades da alma
  • Fora melhor não enxergássemos crianças infelizes, suscitando angústias no lar ou piedade na via pública.

Se é natural comover-nos diante de problemas assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões, conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos para além do sepulcro, transformando-nos, depois da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e agradeceremos às Leis Divinas que nos fazem abatidos e pequeninos, através da reencarnação, entregando-nos ao amparo e ao arbítrio daqueles mesmos irmãos a quem ferimos noutras épocas, a fim de que nós, carecentes de tudo na infância, até mesmo da comiseração maternal que nos alimpe e conserve o organismo indefeso, venhamos, por fim, a aprender que a Eterna Sabedoria nos ergueu para o amor imperecível na vida triunfante.

Terra bendita! Terra, que tanta vez malsinamos nos dias de infortúnio ou nos momentos de ignorância, nós te agradecemos as dores e as aflições que nos ofereces, por espólio de nossos próprios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os propósitos de reajuste e aperfeiçoamento, para que, um dia, possamos retribuir-te, de algum modo, os benefícios que nos tem prodigalizado, por milênios de milênios, através da reencarnação!..."



Pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, in "Estude e Viva", editora FEB.

Mortos Amados/Lembra-te Deles… Emmanuel/Scheilla

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Emmanuel
Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê…
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranqulizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
(Do livro “Na Era do Espírito”, Emmanuel, Francisco C. Xavier)
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Scheilla
Lembra-te deles, os chamados mortos que embora invisíveis, não se fizeram ausentes…
Compadece-te daqueles que passaram no mundo sem realizar os sonhos de bondade que lhes vibraram no seio e volve o coração reconhecido para quantos te abençoaram a existência com alguma nota de amor.
Eles avançam para a vanguarda…
Muitas vezes, quando menos felizes, esmolam-te o reconforto de uma oração e, vezes outras, mergulham as dores que os afligem na taça de teu pranto, sequiosos de paz e libertação…
Outros muitos, porém, quais aves triunfantes nas rotas da Eternidade, buscam-te o coração por ninho de afeto que o tempo não destruiu, envolvendo-te o ser no calor de branda carícia para que o desânimo não te entorpeça a faculdade de caminhar…
Lembra-te deles e guarda-lhes a lição.
Ontem, apertavam-te nos braços, partilhando-te a experiência.
Hoje, transferidos de plano, colhem os frutos das espécies que semearam.
Aguça a audição mental e ouvirás o coro de vozes em que se pronunciam. Todos rogam-te esperança e coragem, alargando-te os horizontes. E todos se lembram igualmente de ti, desejando aproveites a riqueza das horas na construção do bem para a doce morada de tua porvindoura alegria, porque, amanhã, estaremos todos novamente reunidos no Lar da União Sublime, sem lágrimas e sem morte.
(Do Livro “Irmãos Unidos”, Scheilla, Francisco Cândido Xavier/Autores Diversos)
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(Do Livro “Irmãos Unidos”, Scheilla, Francisco Cândido Xavier/Autores Diversos)

Carta de Ano Novo - por Emmanuel


Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão. 

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir. 

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação. 

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente. 

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir. 

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido. 

Novo Ano! Novo Dia! 

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora. 

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino. 

Não maldigas, nem condenes. 

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão. 

Não te desanimes, nem te desconsoles. 

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença. 

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - 

Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração. 


Livro Vida e Caminho. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

Até Moisés






Quando Euclides Brandão desencarnou, aguardava imediato ingresso ao paraíso.

Vivera de Bíblia na mão, consultando textos diversos.



Declarava sempre que os dez mandamentos lhe controlavam a vida.

Em pensamento, embora quisesse o mundo inteiro para si, reverenciava a Deus, não lhe prenunciava debalde o santo nome, observava o descanso dominical, honrava os pais, não matava, não adulterava, não furtava, não cobiçava, de publico, os bens do próximo, não obstante enredar as circunstâncias em seu favor, quanto lhe era possível, e não se entregava aos falsos testemunhos.



Por tudo isso, sentia-se Brandão com direitos líquidos no país da Morte.

Atingindo, porém, o limite, entre este mundo e o outro, em plena alfândega da

espiritualidade, o vosso companheiro surpreendeu-se. Era atendido sem considerações especiais. Naquele vasto recinto de trabalho seletivo, via-se tratado como consulente vulgar numa agencia de informações.



Chamado a esclarecimentos, travou-se entre ele e o funcionário da justiça divina

interessante dialogo, depois das saudações espontâneas:

Não há ordem, determinando minha transferência definitiva para o céu? perguntou, confiadamente.



O interpelado, com jovial expressão, observou após inteirar-se, com pormenores, quanto à sua procedência:

Não foi expedida qualquer resolução superior nesse sentido. O amigo era cristão?

Sem dúvida replicou Euclides, mordido no amor próprio aceitei Jesus integralmente.

Aceitou-o e seguiu-o?

Perfeitamente. Lia-lhe o testamento dia e noite.

Lia-o e praticava-o?

Com a máxima exatidão.

Retirando, porém, os benefícios do Evangelho, aproveitava-se dele para renovar-se em Cristo, revelando-se melhor no aprendizado da sabedoria e da virtude?

Euclides respondeu afirmativamente. E porque se mostrasse um tanto melindrado com as interrogações, o fiscal da esfera superior recomendou-lhe enfileirar alguns dados autobiográficos, o mais sucintamente possível. Pretendia decifrar o enigma.



Encorajado, Brandão foi claro e breve.

Eu disse ele, demonstrando o gosto de exprimir-se invariavelmente na primeira pessoa fui um homem justo na Terra. Sempre guardei cuidado em preservar esta característica de minha personalidade. Se recebia dos outros bondade e respeito, pagava com moedas iguais.

Aos que me agradavam, aquinhoei com as vantagens suscetíveis de serem articuladas com a minha, influência.



Tanto assim que deixei meus haveres a quantos me souberam conquistar simpatia.

A todos, porem, que me fizeram mal, retribuí conforme propunham. Nunca tive inclinação para ajudar malfeitores, porque para eles não há suficientes grades no mundo.

Quando molestado pelos maus, sabia conjugar o verbo corrigir e, se me incomodavam duramente, punia-os com aspereza. Corda e ferro não podem ser esquecidos na melhoria dos homens.



Em sendo perseguido, jamais permiti que os amigos me tomassem dianteira na desforra. Não me calava ante qualquer desafio; por isso, se era convidado a contender, competia-me ganhar as demandas.

Pisado pelos outros, dava o troco, de conformidade com as circunstâncias em que recebia as ofensas.

Nunca perdi tempo, ensinando a delinqüentes e vagabundos o que não desejavam

aprender, e, se às pessoas nobres tratei com generosidade, ofereci aos desonrados a repulsa que mereciam. Quando recebido a flores, improvisava um jardim aos que me favorecessem; mas, se era surpreendido com as pedradas, respondia com uma chuva de pedras.

Fez longa pausa e acentuou:

Não suponha que exerci a justiça com facilidade. Ao homem de minha estirpe, que procura ser equilibrado e cristão, muito ingrata é a experiência terrestre.

Estampou engraçada expressão fisionômica e ajuntou:

Segundo vê, minhas reclamações são oportunas. Se o paraíso não estiver aberto para mim, que andei de Bíblia nas mãos…



O funcionário celeste, bem humorado, interveio para esclarecer:

O plano superior não lhe cerrará a passagem, conquanto, Brandão, a sua justiça não haja conhecido a misericórdia…



Oh! mas nunca assumi compromissos sem consultar os sagrados textos!…

Sim disse o sábio interlocutor , você chegou até Moisés. Voltará naturalmente ao corpo de carne, a fim de prosseguir o aprendizado com Jesus – Cristo.



E, sorridente, acrescentou:

Seu curso está com um atraso de mais de mil e novecentos anos…

Foi ao ouvir este esclarecimento que Euclides baixou a cabeça e calou-se, como quem se dispunha a refletir…


(Luz Acima/ Chico Xavier)