sábado, 29 de janeiro de 2011

ASHTAR SHERAN E ASHTAR SHIVAN





ASHTAR SHERAN

Amados Filhos da Fonte, EU SOU Ashtar Sheran.

Está é uma noite de trabalho. Esta é uma noite de luz e amor, assim como todas as noites que se vão e vem todos os dias.

Amados, estejam em amor e vibração de luz. Queridos, abram vossos corações, abram as vossas percepções, abram os seus chakras,
abram os seus olhos espirituais.

Amados, o real proposito de cada um de vocês aqui é o de evolução e abertura para a fonte que pulsa dentro de vocês. A evolução é um trabalho diario, é um vigiar e orar constante. Muitas vezes já falamos sobre isso, e todas as vezes que temos as oportunidades de falar convosco sempre falamos desta verdade. Não é cobrando, é só vos relembrando, a fim de que se empenhem mais e mais em vosso viver diário, assim caminhando rumo a um viver mais harmônico, mais luminoso, mais ilimitado, sendo realmente os anjos humanos que são.

Amados, todas as coisas que contamos a vós parecem novidades, mas está tudo registrado em vossos espíritos. Nada é novo, somente esqueceram, e mais uma vez falamos novamente sobre isso. Portanto entrem no observatório de vossas almas e olhem para si mesmos, sabendo separar o ser forjado no sistema doente do ser crístico e luminoso que são. A conexão de todo o processo de ascensão deve se dar dentro de vocês em primeiro lugar, para depois se concretizar no externo. O que está fora é só um reflexo, e mais uma vez falamos deste mesmo aspecto, que já foi tratado por outros amorosos mestres e irmãos estelares de vários pontos do universo.

Eu e minha chama gêmea abençoamos vocês com todo o nosso amor e estamos aqui e agora ao seu lado.

Agora passo a palavra para minha chama gêmea querida.

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ASHTAR SHIVAN



ASHTAR SHIVAN, durante mensagem de ASHTAR SHERAN


Tenham certo que o amor puro que emana das fontes cristalinas está em vossos corações. Alinhem-se a fim de captarem as vibrações emanadas dos cristais mestres presentes e atuantes em vosso grupo, a fim de repassarem as energias aos demais de vossa convivência.

Os cristais são a fonte na terra das energias cósmicas, pois a memória contida nesses seres cristalinos há éons aguardavam para serem despertados, e agora é o momento.

Ashtar Shivan, aspecto feminino do comandante Ashtar Sheran, nos manifestamos em unidade.

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ASHTAR SHIVAN


ASHTAR SHIVAN, após mensagem de ASHTAR SHERAN


Amados filhos, interferi em alguns momentos, pois falamos em unidade [referindo-se aos parágrafos anteriores, transmitidos simultaneamente à mensagem de Sheran] e na realidade as palavras de minha chama também são as minhas. O que presenciam é que mesmo na unidade há a singularidade na manifestação, eis que há independência na relação estelar de amor e alegria. Por isso entendam que sempre deverão respeitar o próximo, pois por mais que sejam unidos no mesmo propósito, sempre haverá particularidades que, se não equilibradas através do amor e alegria, poderão comprometer o trabalho de todo o grupo e principalmente do propósito que estão a desenvolver, que é Divino. Estamos com vocês para que não percam o foco.

Amados filhos, despeço colocando a certeza que de estamos com vocês, em alma e propósito, agora e sempre!

E assim é.

Juntos somos um só. Eu sou Ashtar Shivan. / Eu sou Ashtar Sheran.



Canalização dos Servidores Voluntários da Luz - GRUPO SOMOS LUZ EM AÇÃO em 10-10-2010.

AS DÚVIDAS SÃO COMO OBSTÁCULOS NA ESTRADA


Meus amigos, é aqui que me chamaram hoje!

Sou aquele que sempre está com os que estão na senda da Luz e da Verdade. Estamos aqui os assessorando em suas dúvidas duais, pois não podemos deixá-los no momento crucial perderem-se de si, pois isso não estaria em harmonia com as leis divinas. O Pai conhece o íntimo de cada um dos seus filhos e assim encaminha, a cada um de vocês, o remédio adequado, entendem o que quero lhes dizer?

Buscai e achareis, pedi e obtereis, e estamos aqui, em unidade e verdade, trazendo os esclarecimentos que o mérito e a dedicação de todos os presentes e dos que lerão futuramente essa mensagem possibilitaram chegar.

As dúvidas são energias que tal como obstáculos na estrada impedem que os que escolheram o caminho da luz possam prosseguir, daí por que o Pai, conhecedor de vossas almas, nos envia e a todos os demais que assim quiserem, irmãos que já se libertaram desses atavismos, a fim de que prossigam e não esmoreçam em vossos propósitos.

Portanto, caros irmãos de jornada, estamos distantes uns dos outros a apenas uma respiração, e mesmo assim os sinto tão descrentes... Por que ainda duvidais, se tens tantas manifestações do outro lado véu diante de vossos olhos? Quais provas ainda quererão que os céus vos tragam para que finalmente esvaneçam de vossas mentes as mais sutis dúvidas?

Não posso estar agora entre vocês, mas estou em alma e mente convosco, e sempre que quiserem poderão chamar-me, pois poderei intuí-los sobre vossos dilemas ainda duais, tão perenes, e tão indeléveis, sobre tudo que vos ocorre nesse momento.

Somos os que ficamos aqui para auxiliá-los em suas jornadas de luz e glória. Glória do Espírito, Glória da Alma, Glória do Amor Divino, pois caminham todos, sem exceção, sempre em direção A DEUS PAI-MÃE. E tudo isso por que assim é a vontade do Pai, SOBERANA, mas limitada ao vosso livre-arbítrio.

Amados, estamos aguardando ainda que muitos de vocês façam vossas escolhas, e seja qual for, sempre serão eternamente amados.

A energia que me conecta ao canal é mais sútil do que a do irmão que vos falou há pouco, portanto minha permanência é limitada a um curto período de tempo. Mas estou com vocês em pensamento, e a um chamado, prontamente os atenderei.

Eu sou Shaumbra, mas não se apeguem aos nomes, lembrem-se da mensagem e estarão comigo em UNIDADE E VERDADE, com tudo aquilo que É.

Fiquem na luz de Deus Pai-Mãe.


Canalizado por: Elisangelis
http://vozdaeradeouro.blogspot.com

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mestres do perdão


Eram duas crianças a brincar. Amigos. Vizinhos. Um desfrutava de privilegiada situação social. Toda novidade em matéria de brinquedos lhe chegava, de forma rápida, às mãos.
O outro era o amigo que, por conta justamente da amizade, desfrutava com alegria desses pequenos prazeres da infância.
Naquele dia, a novidade era um trem. Nada sofisticado. Mas um trem de cores vivas que, nas mãos dos garotos logo adquiriu vida.
O trem ia de uma cidade a outra. Com rapidez. Recebia pessoas aqui, deixava outras ali. Transpunha distâncias em segundos, na imaginação fértil dos petizes, dando quase a volta ao mundo.
A geografia não importava muito. Em um momento, estavam numa localidade. Em outro, tinham transposto o mar e se encontravam em outra.
Assim seguia a brincadeira, até o momento em que o amiguinho resolveu que o trem deveria ficar mais tempo em suas mãos.
Afinal, o dono do trem o detinha em demasia. Ele fazia as viagens mais longas, mais emocionantes.
À conta disso, começou uma discussão. O trem é meu, então fico com ele tanto tempo quanto quero!
Mas eu sou seu amigo e seu convidado! Você tem que me deixar dirigir o trem.
E uma pequena disputa se travou. Os dois meninos agarraram o trem, cada um puxando de um lado.
Puxa daqui, puxa dali. O dono do brinquedo puxou com mais vigor. Caiu e o brinquedo lhe bateu na fronte, ferindo-o de leve.
Mas a dor da batida e um pequeno filete de sangue, que logo apareceu, fez com que o choro começasse.
Acudiram mãe e pai. Ao ver o rosto do filho com um hematoma e o sangue, o pai se tomou de ira, gritou com o visitante, fez-lhe ameaças.
O garoto ficou parado, sem entender muito bem toda a questão, pela rapidez com que tudo acontecera.
O amigo chorava, machucado. O pai o colocou ao colo e ia se preparando para sair, rumo ao hospital.
Afinal, pensava, era preciso verificar se algo mais grave não acontecera.
Quando ia transpondo a porta, o ferido levantou o rosto que estava apoiado ao ombro do pai, enxugou as lágrimas e gritou para o amiguinho ainda atônito, sentado no chão:
Ei, não vá embora! Eu volto logo e vamos continuar a brincar.
Então, o pai se deu conta do estardalhaço que fizera por pouca coisa. Limpou o rosto do filho ele mesmo e o entregou de volta à brincadeira.
*  *   *
O fato é mais corriqueiro do que se imagina. Em verdade, pequenas rusgas surgem entre as crianças.
Rusgas que parecem prestes a explodir em agressão.
Entre os adultos, nos envolvemos em situações semelhantes, muitas vezes.
Mas, deveríamos aprender com as crianças, esquecendo logo a dificuldade e retornando ao convívio da amizade ou do trabalho.
Razão tinha mesmo Jesus ao nos dizer que deveríamos nos assemelhar às crianças para conquistarmos o Reino dos Céus.
O Reino dos Céus que se traduz em paz e começa na intimidade de cada um.

Redação do Momento Espírita

O Rosacruz - Iolanda Therezinha Marcier, FRC (Mestre Apis) Hierofante da Ordo Svmmvm Bonvm Fundadora da Ordem de Maat





Feliz daquele que ao despertar pela manhã abre os olhos para um mundo novo e cheio de promessas, agradecendo a Deus por estar vivo. Sorrindo interior e exteriormente, visualiza na tela da sua mente grandes projetos para a evolução da Humanidade e se prepara para realizá-los, dizendo:
- Que haja Paz, Ordem e Progresso! No Universo, na Terra, no meu País, no meu Estado, na minha cidade, na minha rua, na minha casa!
Feliz daquele que acorda todos os dias com tal disposição e caminha com firmeza e determinação por entre pedras cortantes e espinhos pontiagudos que não podem sequer arranhá-lo porque sua aura o protege. Para ele não existem nem adversidades nem inimigos, pois todos são irmãos sob a paternidade de Deus e devem se amar uns aos outros como a si próprios; e os obstáculos que vão aparecendo na estrada da vida ele os abençoa, vendo-os como as provações nas quais se refinará como o ouro no cadinho.
Feliz daquele que extrai das adversidades as lições necessárias à evolução da sua consciência e torna-se capaz de compreender o sentido das iniciações ocultas nos acontecimentos comuns a todas as criaturas. E vê as grandes alegrias contidas nas pequenas coisas, compondo a felicidade permanente. Ele está nu e puro diante da Rosacruz, despido de toda veleidade.
Feliz daquele que ao levantar os olhos para Deus em oração de súplica pede não por si mas pelo seu próximo, sabendo que é parte da Humanidade e que todos somos um.
Este, na verdade, é aquele Rosacruz que ao estender a mão o faz em gesto de paz, empunhando a espada de luz que produz a cura das enfermidades do corpo e da mente em todos os seres vivos voltados para o Bem, e lhes diz, a todos:
- Aceita esta linda rosa que te ofereço como prova de meu amor eterno. O mundo e as coisas do mundo passarão, mas o amor não passará.
Feliz daquele que pode se olhar no espelho sem sentir remorso ou vergonha e que entende que ser humilde não é se humilhar mas, sim compreender no âmago da alma que sem Deus não somos nada e que nada pode ser anteposto ao amor a Deus.
Este, em verdade vos digo, é aquele Rosacruz que ao se defrontar com a morte não a teme, porque sabe que não existe morte – apenas uma breve separação, um portal que se abre de um plano para outro.
Feliz daquele que por ser Rosacruz tem esse conhecimento, acumulado no passado e a cada dia aumentado. Não para si, mas para toda a Humanidade, em nome do Supremo Bem.
Feliz daquele que vê a alegria de Deus na gotinha de orvalho, nos olhos dos bichinhos, nos sorrisos das criancinhas e dos velhos, no otimismo dos moços, nos sonhos de todas as pessoas.
Este é aquele Rosacruz para quem o milagre é algo absolutamente normal. Para ele o milagre da vida não é um enigma. E ele sabe, com certeza absoluta, que simplesmente não existe morte: é uma pausa que faz parte da execução da eterna sinfonia universal, para a perfeita compreensão do significado místico do silêncio.
Feliz daquele que busca no silêncio a comunhão com o Deus do seu coração, o Deus da sua compreensão.
Dele é a Rosa Eterna, que brilha sem corpo físico, na contemplação da Luz Maior, com seu suave perfume.



Texto redigido pela Soror Iolanda em 1995 no Hospital da Ordem Terceira da Penitência, no Rio de Janeiro, após ser informada pelo médico de que iria morrer dentro de poucos meses. Ela recomendou que esse texto fosse divulgado nas proximidades do Terceiro Milênio da Era Cristã. Clique aqui para acessar o Site sobre a Soror Iolanda.

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REFLEXÃO COM CHICO XAVIER


O preço da vitória chama-se luta.

Idéia espírita é lâmpada acesa, para que todos vejamos claro, e a existência
na Terra é caminho para a Esfera Superior.

Não te lastimes se a subida aborrece e cansa, pela cruz que carregas.

Ora pelos que te perseguem e abençoa os que te injuriam.

Quantos julgavam haver aniquilado o Cristo, no alto de um monte, apenas
conseguiram transformá-la em baliza de luz.

   (Obra: Seara dos Médiuns - Chico Xavier/Emmanuel)

Salvação ou Evolução?






É assim que tudo serve, que tudo se encadeia
na Natureza, desde o átomo primitivo até o
arcanjo, que também começou por ser átomo. 1

Todos nós, Espíritos imortais, ao sermos criados, partimos de um mesmo ponto, recebendo como herança a capacidade de progredir, em medida absolutamente igual, em consonância com a indefectível justiça de Deus. Ao longo dos milênios sucessivos, através do esforço evolutivo individual, vamos revelando a luz divina que trazemos dentro de nós, conforme se depreende da recomendação de Jesus: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens (...). 2
Jesus não teria feito essa recomendação se não soubesse da existência dessa herança divina imanente em todos os seres, cantada com o nome de amor pelo poeta:

O amor em nós, certo, existe

desde o nosso alvorecer,

remontando a priscas eras,

no esboço do nosso ser.

Em estado de latência,

no dealbar da existência,

Deus concede de antemão,

a sua herança bendita,

que a alma busca contrita

nas asas da evolução. 3

A exteriorização mais ou menos intensa dessa herança divina que trazemos é que nos torna diferentes uns dos outros. Só dentro de uma perspectiva evolutiva é que podemos ver um silvícola feroz e um Francisco de Assis como filhos de um mesmo Deus justo, pois o que diferencia esses dois Espíritos não é a sua natureza, a sua origem, mas apenas evolução. As diferenças individuais se originam no homem, não em Deus.
A evolução do Espírito se efetiva através de inúmeras vidas sucessivas, que oferecem-lhe oportunidades variadas de incorporar em si as experiências que o meio lhe propicia, num processo que se pode chamar de desenvolvimento da inteligência e das virtudes que lhe são imanentes. Essa visão da evolução do Espírito é muito clara no Espiritismo.
Em outras religiões reencarnacionistas, a reencarnação é vista apenas como oportunidade de os Espíritos faltosos retornarem à Terra a fim de reparar seus erros ou de concluir aquilo que deixaram inacabado. Admitem, também, a reencarnação de Espíritos mais adiantados, que retornam ao mundo físico em missão, para ensinar o caminho do Bem. Essas religiões não têm a perspectiva evolutiva.
O Espiritismo não nega essas duas situações, indo, todavia, mais além, ensinando que não se reencarna só em missão ou resgate, mas que a reencarnação é absolutamente necessária, indistintamente, a todos os Espíritos, por ser inerente ao processo evolutivo.
Portanto, a reparação de faltas anteriormente cometidas não é vista como punição, mas como elemento essencial da escalada evolutiva rumo à perfeição, a que todos estamos sujeitos. Igualmente, no desempenho de missão sacrificial, o Espírito Superior que a leva a efeito não está fora do processo evolutivo, porque também ele está progredindo, embora nada deva à Terra, tendo o seu retorno sido motivado apenas pelo amor.
No Espiritismo, a reencarnação ocupa lugar de destaque, constituindo-se num dos pilares básicos de toda sua estrutura doutrinária, contrapondo-se frontalmente à tese salvacionista, ensinada por outros setores do Cristianismo. Em verdade, a respeito de salvação, o Espiritismo vai muito além de outras religiões, pois ao nos ensinar que não existem penas eternas, leva-nos a concluir que todos estamos salvos, porque somos cidadãos do Universo, filhos amados de Deus, habitantes da Casa do Pai, conforme ensinou Jesus.
Em verdade, o Mestre nunca apresentou soluções mágicas de salvação gratuita, com base apenas na fé. Pelo contrário, suas lições sempre foram no sentido de acordar a criatura para a necessidade de assumir sua vida, tomando em suas mãos as rédeas do seu próprio destino: (...) renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. 4
São muitas as recomendações do Mestre no sentido de a criatura despertar para a necessidade de progredir: Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. 5 e, mais adiante, continua a recomendação: Sede, pois, vos outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. 6
E por ser uma doutrina eminentemente evolucionista e não salvacionista é que o Espiritismo prioriza a oração consciente, o estudo, a reflexão, obediente à recomendação do Espírito da Verdade: Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. 7
Assim, se bem atentarmos para a amplitude e profundidade dos ensinamentos de Jesus, veremos que, em última análise, seus ensinamentos se constituem numa ampla proposta de aperfeiçoamento do Espírito, num chamamento ao esforço individual, que não pode ser desenvolvido numa só vida. Por isso, quem medita sobre os ensinamentos e exemplos de Jesus encara o Evangelho não como um livro sagrado que deva ser lido de mãos cruzadas sobre o peito em atitude de reverência, mas o vê como um manual de evolução do Espírito, que traça um roteiro de luz, a ser seguido ao longo de milênios sucessivos.

1 O Livro dos Espíritos, item 540
2 Mateus, cap. 5, vers. 16
3 José Soares Cardoso (Acordes Espirituais)
4 Mateus, cap. 16, vers. 24
5 Mateus, cap. 5, vers. 44
6 Mateus, cap. 5, vers. 48
7 O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 6, item 5


José Passini
Juiz de Fora (MG)

Um voo para a liberdade - cap. 1 do livro Reencarnação - o elo perdido do cristianismo.



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Um vôo para a liberdade
A cidade de Roma estava abarrotada de gente. Eram peregrinos vindos de toda a Europa para as celebrações do jubileu do ano de 1600, que aconteceriam durante o ano todo. Especialmente naquele dia a população se aglomerava para contemplar um espetáculo singular.
As tochas acesas ao longo do caminho iluminavam a pálida manhã de fevereiro.
O filósofo de 52 anos caminhava lentamente sobre as pedras frias...
Descalço e acorrentado pelo pescoço, vestia um lençol branco estampado com cruzes, demônios e chamas vermelhas.
Aquele homem magro vencia, a passos lentos, os oitocentos metros desde a torre nona, onde estivera encarcerado, e o campo das flores, ampla praça onde seria executado.
Alguns monges seguiam ao seu lado convidando-o ao arrependimento. De tempos a tempos aproximavam o crucifixo dos seus lábios, dando-lhe oportunidade de salvar-se.
A população se acotovelava para ver um herege famoso morrer na fogueira...
Chegando à praça, onde a morte o aguardava, o filósofo se negou mais uma vez a beijar a cruz. Então foi amordaçado, despido e atado a uma estaca de ferro e coberto com lenhas e palhas até o queixo.
O fogo foi ateado. E enquanto as labaredas chamuscavam-lhe a barba e seus pulmões se enchiam de fumaça, Giordano Bruno tinha o olhar fixo no infinito...
Enquanto a pele estalava sob o calor das chamas e o sangue fervia nas veias, o notável filósofo ainda guardava uma convicção: não iria para o inferno.
A certeza de que veria outros sóis, inúmeros mundos celestiais e viajaria através do infinito, lhe davam uma paz indescritível.
Em seu julgamento, no ano de 1592 em Veneza, Giordano Bruno disse aos seus julgadores: "Uma vez que a alma não pode ser encontrada sem o corpo e todavia não é o corpo, pode estar neste ou naquele corpo e passar de corpo em corpo."
Bruno foi morto na fogueira por defender a idéia de que a alma humana poderia, após a morte, retornar a terra num corpo diferente, e até continuar a sua evolução em outros mundos além da terra.
Além da crença na reencarnação, ele defendia a idéia de que o indivíduo pode encontrar a salvação sem a intervenção de terceiros, mas do seu relacionamento direto com Deus, ao longo de sua jornada na terra.
Foi graças as suas convicções que Bruno não titubeou ante a fogueira que o aguardava...
Bastaria apenas beijar a cruz... Mas ele preferiu a liberdade...
Sabia que as chamas nada mais fariam do que enviar sua alma na direção de outros sóis, onde poderia viajar através do infinito...
Você sabia?
Você sabia que muitos pensadores ocidentais defenderam a idéia da reencarnação?
Entre eles está o filósofo francês Voltaire, o filósofo alemão Schopenhauer, o estadista americano Benjamim Franklin, o poeta alemão Goethe, o novelista francês Honoré de Balzac, e outros mais.
Antes de Cristo também encontramos a crença greco-romana na reencarnação com Pitágoras, Platão, Cícero, Virgílio entre outros.
Considerando que uma idéia falsa não sobrevive ao tempo, devemos concluir que a reencarnação é uma verdade que não pode ser apagada, por mais que se tente.