terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A FELICIDADE DE BEZERRA DE MENEZES (Diálogo entre Divaldo Franco e Bezerra de Menezes)





Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual. Ele respondeu-me:



— A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente:



— Bezerra, acorde, Bezerra!



Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.



— Minha filha, é você, Celina?!



— Sim, sou eu, meu amigo. A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora, Bezerra, desperte feliz.



Chegaram os meus familiares, os companheiros que­ridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora. Então, Celina, me disse:



— Venha ver, Bezerra.



Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.



— Quem são, Celina? — perguntei-lhe — não conheço a ninguém. Quem são?



— São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...



E o Dr. Bezerra concluiu:



— A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxuga­mos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos.







Extraído do Livro “O Semeador de Estrelas”



de Suely Caldas Schubert



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